As ruas por onde passo, estão desertas.
Sem alma, janelas fechadas, luz difusa
portas fechadas
por cadeados bem fortes.
Vou caminhando com esperanças incertas
onde encontrar abrigo, sem ter a recusa,
continuo, perdido em tantos desnortes
As ruas por onde passo existem pessoas
escondem-se em cortinados, nas janelas;
espreitam quem passa, não se mostram,
nem abrem as portas, o medo está nelas-
preconceitos, outras razões menos boas,
veem-me passar, de
mendigos não gostam!
Hélder Gonçalves
Maio 2012
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