Naquela
viela estreita, gentios horrores
Um
bafo quente, de estranhos odores
Com
nome esquisito Rua das Atafonas
Tabernas
esconsas, cheiros a azeitonas
Putas, encostadas, em porta carcomida
Putas, encostadas, em porta carcomida
Gastas
pelo tempo, escadas da má vida!
Vendem
o corpo mal nutrido, desajeitadas
De
mamas caídas suportadas em trapos
Pernas
ao léu, varizes azuis aos esses desenhadas
Pequenas
saias - mais parecendo farrapos
Desdentadas,
desgrenhadas, ali plantadas,
Sem
tempo, chulos de perto ,nos mesmos pecados!
Ao
lado, a taberna exala cheiros rançosos
De
tantas iscas "com elas", ali passadas
Em
molho grosso de frituras continuadas
P!raquela
gente eram pitéus bem saborosos
Conversas
estúpidas, galhofando - tantas atoardas
Gritos
histéricos, em alvares gargalhadas!
Juventude
a quanto obrigas - por ali passei!
Beijos
balofos em nome do desejo, suportei
Meus
olhares, nesse tempo, não eram esquisitos
Para
mim o importante era ter os requisitos
Como
adolescente candidato a homem em ebulição
Sonhos
noturnos com momentos de masturbação
Por uma puta bem gordinha me enamorei
De
seu nome Rosa, por ela, então, me apaixonei
Recebi
favores, carinho e até o amor dela granjeei
Por
isso sempre pensei que ser puta – Meu Deus!
Nada
mancha o coração - amor tal, como o dos Céus
Como
Cristo a Madalena, a pedra não atirei!
ResponderEliminarMuito bem abordado. Parabéns pela forma como tratou do tema. te sigo... me segues tmb? AbraçO