Onde
sobrevivo:
Arquivado,
sem luta
Parado,
sem lamento
Comigo
convivo
Sem
maestro, nem batuta!
Na
cápsula do Tempo
Espreito
pela janela
A
vida rodar dia a dia
Longe
estou, vou vivendo
Do
mundo gasto em querelas
Mesmo
tempo eu percorria
Na
cápsula do tempo
Sobrevivo
só – com saudade
Dos
amigos que vão partindo
Da
vigia espreito – estou vendo
O
mundo afastar-se: a realidade
Conformismo
profundo e infindo
Na
cápsula do tempo
Que
da terra mais se afasta
Me
deixa melhor enxergar
O
mundo lá longe correndo
Tempo fútil que se gasta
Contendas
inúteis a sangrar
Na
cápsula do tempo
Então,
confesso, prefiro estar
Sobrevivendo
sem companhia
Meus
sonhos vou percorrendo
De
amores, sem poder amar
Vãs
Esperanças de algum Dia!
Na Cápsula do tempo, sigo sem parar
Na Cápsula do tempo, sigo sem parar
Docarmo
Jan-2014
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