Olho
para além da janela,
a chuva cai, sem doer:
gritos em silencio.
Perto de mim, minha cadela
Será que ela entende,meu sofrer?
Porque será que assim penso?
Em solidão, míngua do teu afeto,
procuro-te em sobressalto,
na página vazia do meu ser,
escrita, está, em fino dialeto
nossa história de amor, tão alto,
que queríamos e não podemos ter
Olho para além da janela
Já não vejo a chuva cair.
mas, teu vulto, junto da flor,
que plantaste - bem perto dela,
agora, teimosa, continua a florir,
testemunho vivo do teu amor !
Uma flor sempre é o símbolo de um amor que se foi (que ainda persiste), principalmente se foi plantada com carinho e dedicação pela pessoa amada. Por isso ela continua a florir... Como a lembrar que o verdadeiro amor nunca morre!
ResponderEliminarA chuva é sempre uma doce companheira para quem espera. E a cadelinha, também tenho uma, acredito que elas sentem sim, quando não estamos bem. São bichinhos sensíveis e parecem captar nossos sentimentos de alegria e tristeza, pois demonstram isto de alguma forma.
Passeei no teu poema, pois a forma que encontrei de dizer que gostei muito de Esperando por ti.
Que sorrisos e estrelas possam sempre te acompanhar nesse teu mundo encantado de Poesia.
Helena
Bem Hajas Helena pela tua visita : Temos já uma afinidade - gostamos de animais! Quanto ao poema reflete as ausencias forçadas pela outra parte do coração do ente amado que se divide entre a família no Brasil e o seu querido Portugal, onde plantou a tal flor..
ResponderEliminarBjos