DICOTOMIAS

MEMÓRIAS, CONTOS E POESIA por Hélder Gonçalves

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sábado, 19 de julho de 2014

A Janela do meu quarto - Dedicado à memória de minha mãe, Elvira do Carmo

Destacado por Silvia Mota - Peapaz


Do Livro ALFAMA - Fado,Sonhos & Saudade
Autor: Hélder Gonçalves


Fotografia de Ronilda David


A Janela do meu quarto

Neste meu tão simples espaço,
sem adereços, nem cortinados.
Quadros na parede, não precisa-
Monnet, Matisse,  alí, a um passo
No Tejo –  a falua, garbosa deslisa.
No casario - telhados encarnados!

Neste meu, tão simples espaço
Onde ,os meus sonhos crescem
Pela janela, eles voam em balões
neles sigo, presa em forte abraço
De branco vestida - que anjos tecem
Pétalas que espalho, das desilusões!

Neste meu tão simples quarto
Onde, de mim -  tanta intimidade!
Menina que fui, em sonhos curtida,
de olhar o Tejo, nunca me farto.
falua, que passa – sonho e liberdade,
com amor,  sempre estarei na vida!


Dedicado à memoria de minha mãe, Elvira do Carmo


4 comentários:

  1. E que bem cantas as vistas da janela do teu quarto. O Tejo tornou-se ainda mais belo!
    Adorei, amigo.
    Bjo :)

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  2. Bem Hajas, querida Odete - Estou escrevendo o livro ALFAMA - Uma homenagem a minha mãe.
    Bjos

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  3. Belíssimo e tocante!!

    Só precisamos dessa janela da alma para sentir o essencial da vida...

    Neste teu poema escrito através da beleza vinda da janela da

    tua alma poética,nos proporciona contactar com o sublime

    sentir da tua mãe.

    Acredito e sinto o amor como um elo que eterniza, sinto

    assim em relação a minha mãe e avó falecidas,

    sempre presentes...

    Amigo, a tua escrita sempre me emociona!!

    Abraço de paz na tua alma,poeta.

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  4. Querida Suzete, Bem Hajas. Sempre desejei escrever um livro sobre os meus pais e sobre a gente de Alfama - um bairro histórico, ligado a uma epopeia Universal. Estou muito empenhado no projecto
    Bjos

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